segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Os Guardiões



O Início de uma Saga

O Poderoso Cinco e sua irmã Estrela

Introdução

Há muito tempo atrás, boa parte do país era habitada por diferentes tribos indígenas. Uma delas, conhecida como os Macuxis, possuía um vasto conhecimento, herdado de suas incontáveis gerações passadas. Não há doença ou desatino que não pudessem curar através do uso de toda espécie de erva, misturas secretas ou até mesmo rezas fervorosas aos mais diversos deuses de sua arcaica religiosidade.
 Os sábios anciões Macuxis, eram os portadores dos amuletos sagrados de Tamba-Tajá, o poderoso. Essas preciosas joias eram capazes de transferir incríveis poderes há qualquer mortal que os possuísse.
Por muitos anos esses fantásticos amuletos permaneceram perdidos, ficaram escondidos pelas dobras do Tempo implacável que a tudo transforma em história. Um dia, porém, em uma das dobras do nosso tempo atual os amuletos foram encontrados. A magia das joias não era capaz de escolher seus portadores nem de medir seu caráter, personalidade ou glórias passadas, qualquer um que as possuísse seria o transformador significativo de sua própria realidade, fosse uma alma benevolente ou um espírito vingativo.
Para o bem de toda a nossa atual realidade, seu portador durante anos foi um bom homem. Seu nome é Zaquel Barbosa, ele atuou como guardião da humanidade utilizando-se da força sobre-humana do amuleto de Cinco e dos poderes ainda mais incríveis e misteriosos extraídos do brilhante amuleto esmeralda de Estrela.

Com idade avançada e perto da morte o velho Zaqueu deu os amuletos sagrados aos seus netos David e Jaqueline, deixando que os dois decidissem o destino das joias de Tamba-Tajá.
Acreditando que a responsabilidade dos guardiões deveria ser priorizada, os irmãos tornaram-se os novos defensores de sua própria realidade.
Desde então são conhecidos como Cinco e Estrela, os heróis mais poderosos de nossa realidade.



O Início de uma Saga
O Poderoso Cinco e sua irmã Estrela

Capítulo Um
Na cidade à noite existem muitos sujeitos perigosos na espreita de possíveis alvos fáceis. Nunca é seguro andar sozinho por aí, principalmente ao anoitecer, quando não há luz, somente as trevas sombrias dos becos desertos.
Em um desses becos, alheio ao perigo presente, caminhava um casal de adolescentes, alegres e sorridentes depois de uma noite perfeita entre namorados.
Com a arma em punho o sujeito gritou:
- Me passa tudo! Vai...
Assustados, os dois permaneceram estáticos, o coração batendo forte no peito, o medo da morte era mais forte que tudo.
O rapaz, trêmulo dos pés à cabeça, quebrou o silêncio constrangedor.
- Aqui, pode levar tudo, cara. Só não machuca a gente, por favor.
A moça quase não respirava.
-Cala a boca!
O assaltante confiscou do casal uma carteira e dois celulares apenas e ia se retirando do local numa pressa toda atrapalhada, porém intensa. No instante seguinte, como se algo o fizesse mudar de ideia, virou-se para o casal e disparou o revólver duas vezes.

Morte certa dos jovens apaixonados se algo realmente inacreditável não tivesse impedido a trajetória das balas.
Um homem enorme, numa fração de segundo, interveio como num passe de mágica e não é só isso, o homem segurava os projéteis em suas mãos.
-Mas o quê? – o bandido estava confuso.
Do alto surgia uma garota com olhos cor de fogo. Ela desceu voando ao beco escuro.
-Não tem pra onde fugir, meu rapaz. Devolva o que roubou agora. Em seguida, se entregue.
-Não vai rolar! – saiu correndo.
A garota apenas fixou seus olhos no marginal, foi o suficiente para que o pusesse fora do chão.
Preso pelos poderes tele cinéticos da menina não havia mais nada que pudesse fazer e mesmo que pudesse ainda teria de enfrentar aquele cara gigante, sem chance, se entregar passou a ser uma boa ideia.
O casal assistia a tudo, paralisados.
-Vocês estão bem? – o Gigante perguntou.
-Sim, obrigado – respondeu o rapaz, ainda tremendo – Mas quem são vocês afinal?
-Somos os Guardiões.
-Ah, isso esclarece tudo... Eu acho.

Continua...

terça-feira, 8 de junho de 2010

Conto : "A casa sem relógios"

Parte Um
A casa permaneceu vazia por muito tempo.

Agora era chamada de "esconderijo da morte". Sua história trágica fala sobre o terror nas madrugadas e manhãs de desconforto.

Seu único habitante acostumara-se com o silêncio desde muitos anos atrás. Seu nome já não era importante, só a sua presença poderia valer algo. Os moradores do bairro diziam coisas assustadoras sobre aqueles cômodos vazios. De gritos solitários à invasores nunca mais vistos. Era, de certo, mal assombrada.

Dificilmente, alguém se aventurava a entrar na casa, pois todos conheciam aquelas lendas e sabiam até que ponto poderiam ser verdadeiras. Mas uma vez ou outra, algum destemido grupo de jovens aparece, passam a noite, e juram uns para os outros que o que viram na casa era efeito do alcóol. Os boatos crescem e logo haveria uma nova remessa de aventureiros. Alguns deles nunca mais seriam vistos. Assim como o Caio...

Moleque esperto, de sábias decisões. Um dia, porém, escolheu a opção errada.

Ele e mais dois amigos decidiram entrar na casa. Passariam a noite lá dentro. Só estavam tentando provar que eram corajosos,mas acabaram conhecendo o medo muito de perto.

- Me dá aqui esta lanterna. - pediu Caio - Vamos lá pra cima!

O corredor, cheio de têias, cheirava a mofo. Havia umidade nas paredes. As portas estavam abertas.

- Dizem que estes eram os quartos das crianças, vejam!

- Sinistro, cara! Olha a cor destas paredes. Parece que a casa está morta...

- E como é que se mata uma casa?

- Sei lá, porra. Foi só uma metáfora.

- Vamos! Tem mais um quarto no fim do corredor.

A lanterna pouco ajudava na iluminação. O último quarto, porém, abrigava a luz que vinha da rua. Havia, pelo chão, alguns fios desencapados, uma ou duas poças de àgua, ratos ligeiros como o vento e poeira acumulada por muito tempo de abandono.

- Mas o que é aquilo? - Caio apontava para a janela.

Havia mais alguém naquele quarto. Podia-se ouvir a sua respiração pesada. A luz da lua iluminava seu rosto brando.

- Quem está aí?

Mesmo que ele pudesse responder, creio que não o faria. O medo não se apresenta, ele apenas aparece. Em tempos passados, o terror tinha hora marcada, mas agora o tempo estava do seu lado.



Fim da Parte Um

Conto : "Uma luta contra a morte"

Parte Um

Luana corria pela avenida desesperadamente.

As últimas horas foram repletas de terror. Seus amigos estavam mortos e quem devia estar morto, agora vivia. À sua volta, o caos tomava conta da cidade. Não havia lugar seguro. Não havia em quem confiar. Carapicuíba estava morrendo.

A garota entrou no supermercado passando pelo enrme estacionamento, onde os carros aguardavam o retorno de seus motoristas, inutilmente. Lá dentro, as mercadorias estavam espalhadas pelo chão e havia sangue pintando as paredes. O terror passou por lá, mas será que tinha ido embora? Não.

Luana ouviu um ruído. Não eram passos. Pareciam ser rodas. Procurou a fonte de tais ruídos pelos corredores. Estava mais próximo. Lá estava, no corredor dos produtos de limpeza. Três garotas mortas, funcionárias do supermercado, com suas roupas rasgadas e ferimentos abertos sobre a pele. Os patins garantiam a eficiência do atendimento, mas agora só trariam a morte de forma mais veloz. Luana abafou um grito, não tinha sido vista e não queria chamar a atenção. Um descuido, no entanto, levou o detergente ao chão e entregou o esconderijo da moça.

As três mortas viraram para ela, com rostos e expressões decompostas. Se pudessem, esboçariam um sorriso, afinal, estavam em vantagem sobre o alimento. De certo, ela não teria para onde escapar e a fome seria amenizada mais uma vez.

Mas talvez, o que tornava os montros mais velozes fosse também o seu ponto fraco.

Claro. As vassouras.

Os três demônios viam à toda velocidade, grunhindo feito animais. A garota sabia que corria perigo, precisava se manter calma acima de tudo. O nervosismo poderia matá-la.

Derrubou as vassouras pelo chão, atrapalhando a passagem das mortas. Correu em direção à saída. De volta ao estacionamento, Luana viu um carro com a porta aberta. Não era muito, mas poderia se esconder ali. Não esperava ter tanta sorte, mas as chaves estavam no contato. Tentou dar a partida mais de uma vez. Ao conseguir, olhou novamente para as portas do supermercado. Lá estavam elas. As três mortas famintas ainda procuravam por sua carne.

Pisou fundo no acelerador, atirando-se em direção as portas. Em instantes, não haviam mais três garotas mortas, só haviam braços, pernas e cabeças sem vida. Dentro do veículo, Luana bateu com a cabeça no volante. O sangue escorria-lhe pelo rosto. Estava inconsciente.





Fim da Parte Um

Conto : "Mark, o mecânico"

Parte Um



O homem triste olhava pela janela.

Não estava triste por se arrepender de seus pecados afinal, não havia arrependimento algum. Do mesmo modo que a falta da mulher também não era motivo de sua tristeza.

Faziam dois meses que Marcos, o mecânico, havia matado a mulher e seu amante. Era notícia em todo o estado de São Paulo. O que tinha acontecido com o homem? Perdera a cabeça?

Depois do duplo homicídio, Marcos nunca mais falou. Decidiu calar-se para sempre. Apenas ouvia. Ouviu quando a defesa alegou insanidade. Ouviu a sentença dada pelo juíz. Ouviu a porta se fechando às suas costas. Mas havia algo dentro de Marcos. Algo muito ruim. Não só não se arrependeu de matar a mulher como sentia ainda um enorme desejo de sangue. Mas para isso, teria de fugir daquele sanatório mesmo que deixasse uma trilha rubra pelo caminho. Não havia mais tempo e nem paciência. Queria estar livre o mais rápido possível.

As vozes em sua cabeça lhe diziam o que fazer. O mecânico sempre fora um homem teimoso. Não ouvia conselhos de ninguém e fazia apenas o que achava certo. Tornou-se perigoso quando passou a ouvir a si mesmo. As palavras que ouviu no motel ecoavam na sua mente.

"Mate-a" - diziam as vozes.

Conhecia bem os horários daquela prisão. Dentro de quinze minutos, viria a enfermeira com a bandeja de medicamentos.

"Mate-a" - as vozes diziam.

O homem que já não era dono de suas próprias atitudes simplesmente cumpriria as suas ordens e sentiria-se contente com isso. Como o planejado, quinze minutos se passaram antes da porta se abrir. Lá vem ela. Moça bonita, com seus vinte e poucos anos. Loira , cabelos longos e rosto inocente. Lembrava sua ex-esposa.

Ah, mas essas de rosto inocente são, sem dúvida, as mais traiçoeiras. Ela parou ao lado do mecãnico enquanto preparava a injeção. Foi tudo muito rápido. Às vezes, os gritos não chegam à tempo. A jovem sentiu seu braço sendo agarrado, viu o homem tomar-lhe a seringa das mãos e cravá-la em seu pescoço. Não uma, mas quatorze vezes perfurado. Antes mesmo de pensar em gritar a enfermeira já estava morta.





Fim da Parte Um

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Um poema em troca de sangue e lágrimas

Bem, o poema escrito abaixo foi escrito por Stephanie Gomes...
Isso mesmo, a vampira de "Os Jovens Profanos".
Se já tiveram a oportunidade de ler o conto, temo que quase nada possa ser revelado
sobre esta intrigante personagem do Recitara.
Antes que me perguntem, sim. Ela realmente existe.
Uma linda criatura devoradora de almas que fez, e faz, parte da minha vida.
Em breve, veja também a nova coreografia dos zumbis de "A Fome dos Ressucitados", o clipe da nova música do "Fantasma das Quatro Horas" e um vídeo de culinária de "Tony, o padeiro".

Até lá...

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Poema : "O Meu Tormento"

Por : Stephanie Gomes

Não negue que ainda pensa em mim,
Mesmo eu sendo um insulto a sua aparente pureza
e a imagem de homem perfeito que construiu.
Não negue que minha presença te perturba, te seduz, te transforma.
É visível sua inquietação.

Não é verdade que acorda no meio da noite desejando ardentemente os meus beijos?
Que seu corpo estremece ao pensar na minha pele fria?
Não negue que faço parte das suas fantasias, das suas perversões,
E até dos seus mais secretos pesadelos,
Aqueles que te assombram, que não deveriam estar ali,
Mas que você não consegue esquecer...

Sou o seu vício, você luta, até tenta se abster,
Mas precisa de mim para dar um sentido a sua vida patética.

Porque tanto esforço?
Deixe sua alma se unir a minha,
Deixe seus instintos falarem mais alto
Deixe seu corpo encontrar a felicidade através do meu.
Apenas se entregue...ao meu tormento...

Conto : "Tony, o padeiro"


   Parte Três

   À noite, o homem já tinha ido embora e Tony assistia as fitas de segurança novamente.
  
   - Jesus! São apenas crianças! Espero saber o que estou fazendo.

   Nessa minuciosa busca por pistas, descobriu algo nas imagens que não tinha notado antes.
   Por uma das janelas da loja de conveniência era possível  ver o carro deles. Ampliando certos pontos do vídeo até a placa tornou-se visível.
   Tony, como era de costume, fechou as portas da padaria às oito da noite.
   O padeiro , na hora de se armar para uma caçada, era sempre o mesmo. Nunca mudava o seu arsenal, por mais alternativas que tivesse à disposição. Olhava ao redor, admirando sua vasta coleção de armas, depois ignorava todas elas e apenas se armava de arco e flecha.
   O seu velho arco, causador de muitas feridas entre aquela raça odiada. Os malditos vampiros. Era como se a mão do próprio Deus guiasse as flechas daquele arco.

   - Apenas crianças. Que Deus me perdoe.

   Tony lembrou-se imediatamente de seu sobrinho.
   Pobre Jonas, se matou ao terminar com a namorada.* Ver alguém tão novo morrendo tragicamente era a pior coisa do mundo para o velho padeiro. Mas o negócio ia mau e ele precisava pagar as contas do mês. Aliás, estes jovens não seriam os primeiros. Talvez até seus pais já tivessem sido mortos por ele. Isso não era difícil de acontecer.
   Maldito seja o padre Lúcio! Sabia que ele não poderia recusar a proposta do dono do posto. Sabia que o padeiro já estava no vermelho havia muito Tempo.
   Tony, antes de sair, fez as suas orações. Pedia perdão adiantado pelas mortes que causaria. Pelo sangue que seria derramado no decorrer da semana. E pelo juramento que estava prestes a quebrar.
   Cinco cabeças, dez mil em dinheiro vivo.
   Era um ótimo argumento.
   Tony, o padeiro, apagou as luzes e saiu para à noite. Estava entrando de novo em seu velho mundo.
      
   * Ler o conto "Prova de Amor"   

Continua...