O Início de
uma Saga
O Poderoso
Cinco e sua irmã Estrela
Introdução
Há muito
tempo atrás, boa parte do país era habitada por diferentes tribos indígenas. Uma
delas, conhecida como os Macuxis, possuía um vasto conhecimento, herdado de
suas incontáveis gerações passadas. Não há doença ou desatino que não pudessem
curar através do uso de toda espécie de erva, misturas secretas ou até mesmo rezas
fervorosas aos mais diversos deuses de sua arcaica religiosidade.
Os sábios anciões Macuxis, eram os portadores
dos amuletos sagrados de Tamba-Tajá, o poderoso. Essas preciosas joias eram
capazes de transferir incríveis poderes há qualquer mortal que os possuísse.
Por muitos
anos esses fantásticos amuletos permaneceram perdidos, ficaram escondidos pelas
dobras do Tempo implacável que a tudo transforma em história. Um dia, porém, em
uma das dobras do nosso tempo atual os amuletos foram encontrados. A magia das
joias não era capaz de escolher seus portadores nem de medir seu caráter,
personalidade ou glórias passadas, qualquer um que as possuísse seria o
transformador significativo de sua própria realidade, fosse uma alma
benevolente ou um espírito vingativo.
Para o bem
de toda a nossa atual realidade, seu portador durante anos foi um bom homem.
Seu nome é Zaquel Barbosa, ele atuou como guardião da humanidade utilizando-se
da força sobre-humana do amuleto de Cinco e dos poderes ainda mais incríveis e
misteriosos extraídos do brilhante amuleto esmeralda de Estrela.
Com idade
avançada e perto da morte o velho Zaqueu deu os amuletos sagrados aos seus
netos David e Jaqueline, deixando que os dois decidissem o destino das joias de
Tamba-Tajá.
Acreditando
que a responsabilidade dos guardiões deveria ser priorizada, os irmãos
tornaram-se os novos defensores de sua própria realidade.
Desde então
são conhecidos como Cinco e Estrela, os heróis mais poderosos de nossa
realidade.
O Poderoso Cinco e sua irmã Estrela
Capítulo Um
Na cidade à
noite existem muitos sujeitos perigosos na espreita de possíveis alvos fáceis.
Nunca é seguro andar sozinho por aí, principalmente ao anoitecer, quando não há
luz, somente as trevas sombrias dos becos desertos.
Em um desses
becos, alheio ao perigo presente, caminhava um casal de adolescentes, alegres e
sorridentes depois de uma noite perfeita entre namorados.
Com a arma
em punho o sujeito gritou:
- Me passa
tudo! Vai...
Assustados,
os dois permaneceram estáticos, o coração batendo forte no peito, o medo da
morte era mais forte que tudo.
O rapaz,
trêmulo dos pés à cabeça, quebrou o silêncio constrangedor.
- Aqui, pode
levar tudo, cara. Só não machuca a gente, por favor.
A moça quase
não respirava.
-Cala a
boca!
O assaltante
confiscou do casal uma carteira e dois celulares apenas e ia se retirando do
local numa pressa toda atrapalhada, porém intensa. No instante seguinte, como
se algo o fizesse mudar de ideia, virou-se para o casal e disparou o revólver
duas vezes.
Morte certa
dos jovens apaixonados se algo realmente inacreditável não tivesse impedido a
trajetória das balas.
Um homem
enorme, numa fração de segundo, interveio como num passe de mágica e não é só
isso, o homem segurava os projéteis em suas mãos.
-Mas o quê?
– o bandido estava confuso.
Do alto
surgia uma garota com olhos cor de fogo. Ela desceu voando ao beco escuro.
-Não tem pra
onde fugir, meu rapaz. Devolva o que roubou agora. Em seguida, se entregue.
-Não vai
rolar! – saiu correndo.
A garota
apenas fixou seus olhos no marginal, foi o suficiente para que o pusesse fora
do chão.
Preso pelos
poderes tele cinéticos da menina não havia mais nada que pudesse fazer e mesmo
que pudesse ainda teria de enfrentar aquele cara gigante, sem chance, se
entregar passou a ser uma boa ideia.
O casal
assistia a tudo, paralisados.
-Vocês estão
bem? – o Gigante perguntou.
-Sim,
obrigado – respondeu o rapaz, ainda tremendo – Mas quem são vocês afinal?
-Somos os
Guardiões.
-Ah, isso
esclarece tudo... Eu acho.
Continua...