domingo, 2 de maio de 2010

Conto : "A Morte no Batom Vermelho"

Primeira Parte

Tudo corria aparentemente bem na rua dos Rosais. Nada de anormal para excitar
seus moradores que, geralmente, se movimentam mais quando há algum boato para
comentar.
Nenhum ato suspeito, nenhum simples incidente.
Nada passava despercebido para aqueles ávidos olhinhos atrás das janelas e das
cortinas. Mas nem sempre foi assim tão calmo. Como naquela vez em que descobriram que
Mônica, a mulher do mecânico, estava tendo um caso com um corôa podre de rico.
O velho vinha de carro buscá-la durante a tarde, enquanto Marcos, seu marido,
trabalhava na oficina.
Logo, as línguas e bocas da rua dos Rosais, começaram a divulgar o fato.
E, muito antes do que esperavam, Marcos ficou sabendo.
Não podia acreditar no que ouvia. Então era verdade? Mônica estava lhe traindo?
Precisava ter uma prova e talvez conseguisse uma se seguisse a mulher. Conseguir um carro não foi difícil, tinha vários na oficina. Dirigiu mergulhado em pensamentos e parou o carro a duas quadras de sua residência.
Esperou pacientemente a chegada do carro do velho. E se fosse mesmo verdade? O que faria? Ele amava a mulher e trabalhava muito para dar a ela o que merecia. E era isso que recebia em troca?
O carro chegou e dele Marcos viu descer o velhote. Era pele, osso e grana. Muita grana. O carro não era deste país e suas roupas tinham qualidade até mesmo à distância.
Viu Mônica sair de casa e entrar no carro. Ela estava linda como sempre.
Marcos sabia que não tinha sido visto por nenhum dos dois. Esperou até que carro tomasse a dianteira e então, passou a segui-los. Por um momento, não pôde acreditar no que estava fazendo. Afinal, nem sabia o que estava fazendo. Só os seguia.
Logo, o carro do velho deixava a avenida e entrara num velho edifícil.
No alto da construção, havia um nome em neôn, piscando em cores quentes as palavras "Batom Vermelho".
"Então o velho é rico", pensava Marcos,"mas pra comer a minha mulher, qualquer motel barato serve".
Marcos, o mecânico, foi tomado por um enorme desejo de Vingança. Queria matar os dois. Precisava de uma arma. Abriu o porta-malas do carro que dirigia e sorriu de satisfação ao ver ali suas ferramentas de trabalho. Colocou algumas delas dentro de uma bolsa e entrou no motel.

Fim da Parte Um

6 comentários:

  1. Muito boa essa parte 1, agora é esperar para sair a parte 2 que vai ser muito boa por sinal.
    Vale apena ler a parte 1, porque ela vai te segurar como super bonder e dedo de pessoa desajeitada hahaha
    Foda André, continua assim cara.

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  2. cabreiroooo essas histórias hein mano!! escreve mais q eu to curtindo

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  3. Muito bom !!!!
    Um cliche dos ultimos anos .
    Mas muito bem relatado
    cadê a outra parte
    Só uma pessoa muito curiosa !!!

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  4. ow muito loko heim fodah d+

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  5. Muito boa essa parte !
    Você tem talento !

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