quinta-feira, 6 de maio de 2010

Conto : "Os Jovens Profanos"

Parte Dois

Os jovens estacionaram o carro em frente ao posto de gasolina. Desceram todos.
Logo, um dos funcionários veio atendê-los.

- Posso ajudar?

- Pode sim. Encha o tanque. - disse-lhe Eric - Vamos até a loja de conveniência.

- Posso ficar aqui? - perguntou Raquel.

- Claro. Mas vai perder toda a diversão. - respondeu Bruno, ansioso.

- Imagina! Posso muito bem me divertir aqui fora.

- Já entendi - falou Eric, olhando para o rapaz do posto - Mas não suje os bancos do meu carro, ou eu te mato, de novo.

Entraram, então, na pequena loja.
Algumas pessoas passeavam entre as prateleiras, despreocupadamente, à procura de guloseimas dos mais variados tipos. E era exatamente assim que aqueles jovens se sentiam. Afinal, estavam com fome.
Bruno, o último a entrar, travou a porta atrás de si. Sorria alegremente, como se estivesse entrando num parque de diversões. Eric foi até o balcão e os demais se espalharam pelo estabelecimento. Felipe e Stephanie observavam à tudo, impacientes.

- Olá, amigo - disse Eric ao atendente - vou querer algumas cervejas e dois maços de cigarro.

- Desculpe, senhor. Mas não vendêmos bebidas alcólicas.

- Que pena! Adoro tomar uma cerveja depois do jantar. Então, eu quero somente os cigarros.

Do lado de fora, Raquel aproximava-se do funcionário.

- Nossa... os seus braços são tão fortes! Posso tocá-los?

- S...Sim, claro. - respondeu o trabalhador.

É claro que o pobre mortal não pôde resistir à tanta beleza em uma só pessoa.
Raquel tinha os olhos da cor da noite, pareciam ter vida própria dentro de suas órbitas. Os lábios salientes, tingidos de vermelho sangue. O corpo de uma deusa, a mente de um demônio.
A garota chegou mais perto do rapaz e suas mãos delicadas tocaram a pele do homem.
Com o rosto bem próximo do corpo dele, fez com que sua língua percorresse aquele braço forte. Sentiu o rapaz estremecendo de prazer.

- A...Acho que a gente não deveria...

Raquel levou o dedo indicador à boca.

- Shh! Não diga nada. Eu posso ler em sua mente que você me deseja.

- Sim. Muito - ele não sabia, mas estava perdido. Eram todos iguais.

- Acho que os meus amigos vão demorar um pouquinho - Raquel sussurava aos ouvidos dele - Podemos entrar no carro, se você quiser, gato.

Este era o jogo dela, e ela estava ganhando.

Fim da Parte Dois

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